quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Biorremediação de solos

Biorremediação in situ e ex situ 
O processo de biorremediação in situ consiste no tratamento do material contaminado no próprio local. A biorremediação ex situ envolve a remoção do material do seu local original.

A biorremediação in situ no tratamento de solos oferece a vantagem de não ser necessária a remoção e o transporte do material contaminado, ou seja, permite o tratamento de grandes áreas e tem custo menor. Não obstante, exige maior tempo de tratamento, apresenta menor flexibilidade para o tratamento de grande número de contaminantes e tipos de solo, sendo mais eficaz em solos permeáveis, como os arenosos. Além disso, é um processo mais difícil de controlar e avaliar.
A biorremediação ex situ é indicada nos casos em que há risco de alastramento da contaminação e quando não é possível o tratamento no local, devido, por exemplo, dificuldade de acesso ao local.

A bioestimulação e a bioadição são estratégias de biorremediação cuja aplicação isolada ou combinada poderá conduzir a uma rápida e completa degradação de poluentes. Na bioestimulação ocorre um aumento do número de microorganismos degradantes ou a estimulação da sua actividade em uma área contaminada. Isto é obtido através da adição de nutrientes, oxigénio (processo aeróbico), nitratos, sulfatos, dióxido de carbono, entre outros e associa-se ao controle do pH, temperatura e humidade.


A bioadição consiste na adição de microrganismos na área contaminada com capacidade para degradar o contaminante. É necessário muito cuidado com o uso desta técnica devido aos riscos ambientais que a inserção de um microrganismo não nativo ao solo de uma determinada região pode causar.

Nem todos os contaminantes são facilmente degradados pela biorremediação. A assimilação de alguns metais como o mercúrio (Hg) pode agravar a contaminação. A fitorremediação, uma estratégia de biorremediação que utiliza plantas, é útil nestas circunstâncias, pois as plantas são capazes de bioacumular as toxinas na partes aéreas que são, posteriormente, recolhidas.

Como qualquer outra técnica, a biorremediação apresenta vantagens e limitações. Por isso, é necessário um estudo detalhado das condições em que esta técnica será aplicada para não causar prejuízos futuros.



Nos últimos 20 anos, a biorremediação teve um grande crescimento, passando de tecnologia praticamente desconhecida para uma tecnologia considerada aplicável a um largo espectro de contaminações. É uma opção a ser seguramente considerada para tratar locais contaminados e assim, proteger o meio ambiente e as pessoas.

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